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Fotografias de Jacques Blanchard tiradas em Portugal durante 50 anos estão expostas em Lille

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A inauguração da exposição “Escapades au Portugal” com 410 fotografias de Portugal tiradas durante 50 anos pelo fotógrafo francês Jacques Blanchard e organizada por António Marrucho, teve lugar na Mairie-annexe de Lille, no mesmo espaço onde funciona a Permanência consular portuguesa naquela cidade.

Franck Hanoh, Maire Adjoint de Lille, com o pelouro dos Assuntos militares e Antigos combatentes, fez as honras da casa e disse que “os Portugueses serão sempre bem acolhidos em Lille”.

A “Maison des Consuls” que funciona naquele anexo da Mairie de Lille acolhe o Corpo consular estrangeiro na cidade, mas Franck Hanoh salientou ao LusoJornal que “enquanto os outros postos consulares devem partilhar espaços, o Consulado português tem um balcão único em permanência”.

António Marrucho agradeceu a cumplicidade de Nathalie Triou, responsável pelo espaço, “por ter acreditado neste projeto” e facilitado a organização do evento.

António Marrucho foi diretor de agência bancária em Lille, está agora aposentado e é colaborador do LusoJornal na região Hauts-de-France. Quando descobriu as fotografias de Jacques Blanchard, em casa do fotógrafo, concluiu que tinham de ser apresentadas ao público “porque é provavelmente uma das mais completas coleções de fotografias sobre Portugal”. Decidiu então lançar mãos à obra e organizar a exposição, tal como já tinha organizado, no mesmo espaço, uma exposição do pintor José Marreiro.

O projeto demorou 5 anos a concretizar-se, não apenas por causa da pandemia, mas também por se tratar de 410 fotografias. “410 fotografias para um país como Portugal é microscópico. Portugal merece muito mais. Se dividíssemos por dois, teríamos umas fotografias de Lisboa, outras de Porto e pouco mais… Portugal é um país com uma grande humanidade, merece estas fotografias e ainda muito mais” reage Jacques Blanchard ao LusoJornal.

Cada fotografia foi minuciosamente escolhida pelo fotógrafo. “O Jacques legendou cada uma delas e podia escrever várias páginas porque se lembra de cada detalhe” explica por seu lado António Marrucho. O colaborador do LusoJornal tem uma preferência por uma fotografia que lhe evoca os tempos de infância, nas fraldas da serra da Estrela, com estradas esburacadas.

Jacques Blanchard tem várias coleções no seu ativo, desde a Escócia à Irlanda, passando pelos países nórdicos e em particular a Lapónia, mas também a Bretagne ou a Auvergne. Quanto a Portugal, “o Jacques pintou-nos um país, um povo, durante meio século” explica António Marrucho, já que as primeiras fotografias datam de 1966 e as últimas de 2016. “Algumas destas fotografias podiam figurar num livro de história, são testemunhos da época, de um país e dos seus homens”.

No discurso que fez na inauguração da exposição, António Marrucho lembrou que Jacques Blanchard utiliza uma máquina fotográfica das forças militares suecas, de 1952, à qual chama Véronique. E chamou a atenção para o facto de se tratar de fotografias a preto e branco. “O importante numa fotografia é a ação e a emoção. A cor não provoca emoção, pelo contrário, capta a nossa atenção” confere o fotógrafo entrevistado pelo LusoJornal.

A exposição está patente ao público até 18 de novembro.

 

Mairie de Quartier de Lille Centre

31 rue des Fossés

Lille

 

Du lundi au vendredi

De 9h00 à 12h00 et de 13h15 à 16h30

 

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