Francês Benjamin Weil vai dirigir o Centro de Arte Moderna da Gulbenkian em Lisboa

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O historiador de arte e académico António Filipe Pimentel vai dirigir o Museu Calouste Gulbenkian, e o curador e crítico de arte, francês, Benjamin Weil vai dirigir o Centro de Arte Moderna (CAM), anunciou na semana passada a Fundação Calouste Gulbenkian.

António Filipe Pimentel, que dirigiu o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, durante dez anos, e Benjamin Weil, crítico de arte e atual Diretor artístico do Centro Botín, em Santander, Espanha, foram escolhidos na sequência de um processo de recrutamento internacional, indica a fundação.

Benjamin Weil foi escolhido para “definir o rumo do novo ciclo de vida” do Centro de Arte Moderna (CAM), que, em 2022, “reabrirá com um fôlego e programação renovados, depois das obras de ampliação a sul do Jardim Gulbenkian”.

Sobre o novo cargo para o qual foi convidado, Benjamin Weil, citado num comunicado da Fundação, diz-se “encantado por poder integrar a missão generosa da Fundação Gulbenkian através do Centro de Arte Moderna”, considerando que as obras de extensão do edifício, que o mantêm atualmente encerrado, “oferecem uma oportunidade para a instituição se reinventar e construir um futuro dinâmico, criar e estreitar laços de colaboração com outras áreas da Fundação, e explorar novos modos de se dar a conhecer e de atrair novos públicos”.

Sobre Benjamin Weil, a Gulbenkian cita Vicente Todolí, antigo Diretor da Tate Modern e primeiro Diretor artístico do Museu de Serralves, após a sua instalação, que preside ao Conselho Consultivo em Artes Visuais do Centro Botín, e que realçou o “profissionalismo e o empenho” do curador que “ajudou a criar a identidade e deu projeção e reputação internacional ao Centro Botín”.

Todolí diz ainda que Weil “estabeleceu excelentes relações com artistas e museus, desenvolvendo um programa de exposições de elevada qualidade em Santander, com o apoio do Conselho Consultivo” daquela entidade.

Benjamin Weil nasceu em 1962 e iniciou a sua carreira em Nova Iorque, nos anos 1980, após a graduação na Whitney Independent Study Program, tendo trabalhado no Institute of Contemporary Arts (ICA), em Londres, e também no Museu de Arte Moderna de São Francisco.

Ao longo da sua vida profissional, Benjamin Weil tem estabelecido várias colaborações e relações de proximidade com artistas, curadores, galeristas e colecionadores portugueses.

Em 2017, foi curador da exposição “Untitled (Orchestral)” de João Onofre, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, e presentemente, sob a sua direção, o Centro Botín, situado num edifício projetado pelo arquiteto Renzo Piano, apresenta a exposição “Arte e Arquitetura: um Diálogo”, que inclui obras de artistas portugueses como Julião Sarmento, Leonor Antunes, Carlos Bunga e Fernanda Fragateiro.

Penélope Curtis, historiadora de arte, esteve na Gulbenkian ao longo de cinco anos, tendo terminado o mandato em agosto deste ano, depois de ter unido o museu e o CAM numa mesma unidade, os Museus Gulbenkian – Coleção do Fundador e Coleção Moderna, um modelo que não gerou consenso na comunidade da museologia e no público.

O Museu Calouste Gulbenkian alberga a chamada Coleção do Fundador, reunida por Calouste Sarkis Gulbenkian ao longo da sua vida (1869-1955), e o Centro de Arte Moderna a coleção de Arte Moderna e Contemporânea, que começou a ser constituída na década de 1950, com a aquisição de obras de artistas portugueses e estrangeiros contemporâneos.

A Coleção do Fundador totaliza mais de seis mil peças, desde a Antiguidade até ao início do século XX, incluindo Arte Egípcia, Greco-romana, Islâmica e do Extremo Oriente e ainda Numismática, Pintura e Artes Decorativas europeias.

A coleção do Centro de Arte Moderna reúne a maior e mais completa coleção de arte contemporânea portuguesa, bem como um importante núcleo de arte britânica do século XX.

De Amadeo de Souza-Cardoso a Vieira da Silva e Paula Rego, esta coleção mostra alguns dos artistas portugueses mais prestigiados internacionalmente.

 

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