LusoJornal / Mário Cantarinha

Jornada de Portugal bateu recorde no Hipódromo de Vincennes

O Hipódromo de Paris Vincennes bateu um recorde no domingo passado, de afluência às jornadas temáticas que organiza todos os anos. Mais de 12.000 pessoas participaram na Jornada de Portugal que já vai na 6a edição.

O grande prémio do dia, com cerca de um milhão de euros a repartir pelos vencedores, foi patrocinado pela companhia de seguros Fidelidade, mas durante a tarde tiveram ainda lugar as corridas da Aigle Azur, Rádio Alfa, Reflex Latino e LusoJornal. Também teve lugar o Grande Prémio de Portugal.

A iniciativa deve-se ao antigo Cônsul Geral de Portugal em Paris, Luís Ferraz e ao professor especialista de equitação portuguesa Carlos Henriques Pereira, e todos os anos o Hipódromo reserva uma das suas jornadas temáticas a Portugal.

«Estamos aqui desde o início porque pensamos que é importante para Portugal, estar presente neste tipo de eventos que se dirige a um público bastante abrangente» explica Carlos Vinhas Pereira, Diretor Geral da Companhia de Seguros Fidelidade.

«É da imagem de Portugal que se trata» confirma o Cônsul Geral de Portugal António de Albuquerque Moniz. «Portugal é um país de cavalos, com uma raça própria e só não temos é corridas de cavalos, mas os Portugueses são conhecedores de cavalos e gostam de equitação». António de Albuquerque Moniz, que estava acompanhado pelo Adido Social do Consulado, Joaquim do Rosário, entregou o Grande Prémio de Portugal ao vencedor.

O Prémio LusoJornal foi entregue pelo Diretor do jornal, Carlos Pereira e pela jornalista Clara Teixeira.

Mas a tarde não foi só de corridas, mesmo se milhares de Portugueses ainda tentaram a sorte apostando num dos cavalos.

No vasto hall do hipódromo foi montado um «Village Reflex», coordenado por Bruno António da aplicação Reflex Latino. Várias empresas apresentaram os seus produtos, sobretudo alimentares.

A meio da tarde alguns deles já tinham esgotado completamente o stock. «Este ano havia mais gente e já vendemos tudo» confessava ao LusoJornal Antónia Gonçalves da Pastelaria Canelas muito tempo antes do fim das corridas. «Em poucas horas esgotámos logo algumas marcas de vinhos» acrescentava por seu lado David Matos, da empresa Agribéria/Quinta da Pacheca.

Houve quem optasse por almoçar confortavelmente no restaurante panorâmico do Hipódromo, ao mesmo tempo que assistia às corridas, mas houve também quem preferisse comer umas bifanas e churrasco à venda no «Village Reflex».

«Convidamos alguns dos nossos clientes porque pensamos que este é um espaço ideal para trazer os nossos produtos ao encontro do público em geral» confirmou Bruno António ao LusoJornal.

«Eu considero que os Portugueses estão integrados quando bebem Pastis como os Franceses, lêm o jornal le Parisien, e apostam nos cavalos» considera Daniel Ribeiro, Diretor de programas da Rádio Alfa.

E há muitos Portugueses a apostar, muitos têm lojas PMU e também há Portugueses proprietários de cavalos e treinadores, como confirmou ao LusoJornal Tibault Ceffrey, o organizador executivo da Jornada de Portugal.

As visitas aos estábulos não pararam durante toda a tarde e muita gente queria inscrever-se para seguir as corridas dentro de um miniautocarro que acompanhava os cavalos nas pistas. «Temos muita afluência, muita gente interessada em descobrir o mundo dos cavalos e em acompanhar a corrida praticamente a poucos metros da pista, mas em poucas horas atingimos o limite das inscrições» confirmou ao LusoJornal uma das acompanhantes da empresa Le Trôt, gestora do Hipódromo e organizadora do evento.

No exterior, Mike da Gaita foi o artista convidado, apesar de no palco também ter passado Christophe Malheiro.

«É bom ouvir música portuguesa aqui. Acaba por ser uma tarde agradável» diz Jacinta. «Música alegre é importante para evacuar as chatices da semana» acrescenta Manuel, vestido com a camisola de Portugal.

Mais longe Elsa esperava pela sua vez. «Trago as minhas filhas para darem um passeio de pónei» disse ao LusoJornal. «Já que não podemos dar uma volta naqueles cavalos de corrida…» riu Eduardo, o marido.

O espaço de jogos estava cheio de crianças que brincavam entre duas corridas, ou enquanto os pais ouviam umas asneiradas de Mike da Gaita… porque também houve disso no Hipódromo de Paris Vincennes.

E era necessário?