Maior Festival de música eletrónica: Tiago Martins promete Dancefloor de arrasar em Braga

Tiago Martins organiza, a partir de Paris, o festival de música eletrónica Dancefloor. Até ao ano passado o festival tinha lugar em Leiria, mas este ano muda-se de armas e bagagens para Braga, onde vai ter lugar nos dias 26 e 27 de julho, no Altice Forum.

O cartaz continua a dar que falar, em Portugal e no resto da Europa porque Tiago Martins quer ver Portugal a dar cartas nos domínios EDM e Hardstyle.

 

Tiago Martins, nos conhecemo-lo como Diretor Comercial de uma companhia aérea, conte-nos como foi esta ideia de trazer um festival de música eletrónica para Portugal?

É verdade! O meu percurso começou em Paris na área comercial, concluindo o mestrado em Gestão de Empresas. Atualmente sou Diretor Comercial da companhia área Aigle Azur, onde planifico estratégias ao nível do marketing e gestão de rotas. O Dancefloor nasceu em 2015, sendo um sonho partilhado com amigos em criar um festival de excelência internacional de música eletrónica, uma lacuna, até então, detetada no tecido português, nos estilos de EDM (Eletronic Dance Music) e Hardstyle. Este ano, caminhamos para a 5ª edição com o objetivo de reforçar a sua notoriedade nacional e internacionalmente. O crescimento do evento, os artistas e o recinto escolhido estão, cada vez mais, próximos do que idealizámos e do conceito que queria levar para o nosso país.

 

Quais são as suas aspirações para o futuro do Dancefloor?

São muitas. Desejo, principalmente, que Portugal cresça de igual forma como a Holanda e a Bélgica no que toca a festivais de grande escala internacional, aderindo aos estilos EDM e Hardstyle. Trazer, sobretudo, DJs de renome, estimulando o talento e as iniciativas locais com dança, street art, desportos individuais e coletivos. Para acrescentar a todas as ambições que aspiramos, a vontade de contribuir para o desenvolvimento económico, social e cultural das regiões por onde o festival passa, prevalece em todos os momentos.

 

O festival teve 4 edições em Leiria. Porque razão desta mudança para a cidade de Braga?

Primeiro que tudo, Braga – detendo o Altice Forum Braga – encontra-se no topo dos destinos dos grandes eventos culturais, tendo também sido designado em 2019 um dos “European Best Destination”. Com mais de 60% dos amantes de EDM e Hardstyle a norte do país, tornou-se evidente, após 4 edições, querermos estar mais próximos dos nossos fãs. Esta mudança abre também portas ao mercado espanhol, que é um grande admirador deste estilo musical sendo, por isso, um público no qual pretendemos fortemente apostar. Em 2018, o festival contou com cerca de 15.000 festivaleiros e a organização prometeu aos seus fãs uma quinta edição incontornável. Esta novidade e parceria com o grupo Altice coloca o Dancefloor no rumo do seu objetivo último: tornar o Dancefloor na meca do EDM e Hardstyle em Portugal.

 

Quais foram as razões que o levaram a escolher este espaço?

O Altice Forum Braga é o sítio ideal para o Dancefloor. Tem capacidade para receber mais de 20 mil pessoas, imensos fatores que nos entusiasmam e o feedback dos festivaleiros não podia estar a ser mais positivo. Os jovens e adultos terão oportunidade de desfrutar de diversos equipamentos que se encontram numa área de 60 hectares, que nos permite afirmar que estamos verdadeiramente a mudar a “arquitetura” do atual recinto do Altice Forum Braga, multiplicando a sua dimensão, permitindo criar um verdadeiro festival que torna a experiência do seu visitante muito mais imersiva do que foi em qualquer outra edição. Além da música, o parque de campismo, as piscinas, o Parque da Ponte, o Parque de São João e o Parque Aventura do Picoto, são principais atrações do festival e os aliados perfeitos para os verdadeiros amantes de música eletrónica poderem passar dois dias inesquecíveis. As melhores ofertas com a escolha de um lugar seguro, moderno, confortável e energeticamente sustentável para todos. A zona do campismo encontra-se a 2 minutos a pé do Altice e o acesso à piscina municipal será gratuito.

 

Já verificamos que a qualidade do cartaz se mantem alta, quais as espectativas para este ano?

São nomes fortes e reconhecidos por estarem presentes nos melhores festivais de dança eletrónica do mundo. A dupla de Dj’s Holandesa, D-block & S-te-fan, foram a primeira confirmação e têm vindo a crescer rapidamente. O DJ Deorro é outra confirmação que promete aquecer o ambiente com os seus êxitos de referência internacional. Outros dos artistas que tornam o cartaz um sucesso são KSHMR, que tem consolidado o seu lugar cimeiro na cena EDM e Ran-D, pioneiro da dança Hardstyle. Há ainda confirmações e novidades que os festivaleiros podem esperar e estar atentos.

 

Reparamos num grande crescimento de público de ano para ano, quais são as previsões para esta edição?

Esperamos que o Dancefloor encha e cresça cada vez mais. Em 2015, contámos com 3.000 mil pessoas e o ano passado, em 2018, recebemos 15 mil festivaleiros. A evolução anual dos bilhetes é gratificante e mostra que o público jovem se identifica com o trabalho que temos feito, marcando presença assídua. Este ano, em Braga, com todas as ofertas que planeámos a pensar nos fãs do festival a procura aumentou e estaremos à altura das expetativas dos que nos acompanham.

 

Como vão poder os festivaleiros deslocarem-se até ao evento? Existem algumas parcerias que facilitam os acessos?

De momento, temos como parceiros os Comboios de Portugal e os TUB – Transportes Urbanos de Braga. Desde o começo da organização do evento foi uma preocupação para que os festivaleiros se pudessem deslocar de forma rápida, acessível e confortável. Os bilhetes de ida e volta intercidades, regional/inter-regional e Comboio Internacional Celta terão descontos e entre a linha dos Comboios Urbanos do Porto com destino a Braga terá o custo de 2€ por viagem. Dentro da cidade de Braga poderão movimentar-se gratuitamente.

 

Com o crescimento do festival, como gere a questão da segurança?

Esse tema será sempre uma prioridade para o bem-estar de todos os que estarão connosco para poderem desfrutar, em convívio, em grupo e entre amigos durante o evento. Haverá uma equipa responsável pela vigilância e monitorização em todas as entradas e saídas do espaço e em caso de necessidade será feita a intervenção prontamente reforçada caso as condições o justificarem.

 

O cartaz já está fechado?

Já temos um line-up de luxo, dentro do género do nosso festival, mas ainda não está fechado. Os nomes confirmados até ao momento são D-Block & S-TE-FAN, KSHMR, Yellow Claw, Ran-d e Deorro. Mas ainda temos reservadas muitas outras supresas até julho.

 

Qual o preço dos bilhetes?

O bilhete diário, neste momento, tem o custo de 19 euros. O passe de dois dias 24 euros e o passe com camping 42 euros. Se considerarmos que trazemos artistas que atuam em festivais cujos bilhetes podem ascender aos 900 euros, acho que trazemos razões suficientes para os amantes de EDM e Harstyle não quererem perder o Dancefloor.

 

Para os festivaleiros que ainda não compraram o seu bilhete para o Dancefloor, há alguma mensagem que queira deixar?

Quero apenas dizer para se virem divertir connosco e aproveitar as atividades que programámos a pensar neles. Espero que já tenham marcado, em agenda, o melhor fim de semana de verão da zona norte e que esperem deste cartaz o melhor de todas as edições. As vivências serão muitas e as recordações também.

 

Qual a importância da diáspora portuguesa neste evento?

Sem a diáspora, este evento nunca poderia realizar-se. Tenho tido um apoio enorme de muitos amigos, pessoas que acreditam no projeto e em mim. Sem eles, nunca poderia ter realizado um investimento desta dimensão e quero agradecê-los. Hoje conseguimos chegar a novas marcas, como a Altice, a Sagres, que vão ajudar-nos a crescer ainda mais, sem esse apoio dos residentes aqui em França e também noutros países, o Dancefloor não teria chegado a este patamar. Todos os anos, temos a honra de os receber na zona VIP do festival e é uma forma, de juntos, festejarmos e mostrar a Portugal a nossa força de vontade e de solidariedade. Provavelmente, seria mais fácil para mim criar um evento em França, mas escolhi fazer este evento em Portugal com todas as dificuldades inerentes, pois amo o meu país assim como muitos de nós. Acredito que o nosso parceiro InvestBraga também irá contribuir para o sucesso da nossa Zona Vip, juntando as empresas locais que acaba por ser uma zona de networking numa versão mais descontraída, de calções e a beber uma caipirinha, mas onde podem acontecer grandes negócios. Por fim, este ano na zona VIP, teremos a presença de cerca de 30 influenciadores portugueses e figuras públicas que irão ajudar-nos a promover ainda mais o festival. Mais uma vez mostra a importância que o festival está a ter em Portugal, mas sem esquecer que temos ainda muito caminho a percorrer.