Pombalenses organizam jantar solidário com Tânia Lopes

Tânia Lopes tem 29 anos e mora em Pombal (Vale Perneto). Após uma operação para remover um tumor cerebral, deixou de falar, de andar e está agora dependente dos pais.

Os tratamentos de fisioterapia são longos e pouco ou nada suportados pela Segurança Social em Portugal. O restaurante Pic-Nic de Leontina Freire em Pombal tem sido incansável, mas não tem sido suficiente.

Um grupo de amigos em Paris, solidários com Pombal, decidiu organizar um jantar cujos fundos irão para a Tânia em Portugal. O jantar de solidariedade é organizado por Irene de Oliveira Carmo, Hugo Manuel, Fátima Coimbra e outros Pombalenses de Paris.

O LusoJornal falou com Fátima Coimbra sobre esta iniciativa.

 

Como surgiu esta iniciativa?

Foi muito simples, eu tive conhecimento da situação da Tânia através do Pombal Jornal só em outubro 2018. Comecei logo a perguntar à minha volta quem me pudesse dar mais informações e foi na minha viagem a Portugal, no início de dezembro que me encontrei com a Leontina Freire, proprietária do restaurante Pic-Nic em Pombal, foi ela que me pôs a par da situação. A Leontina tem sido um pilar na ajuda à Tânia. Quando voltei, começou então a germinar a ideia de fazer algo aqui em Paris.

 

O que espera deste jantar de solidariedade?

Nesta aventura não estou sozinha, está também a Irene Oliveira e mais recentemente juntou-se também a Elisabeth Oliveira. O que se espera mesmo é a adesão de todos os Portugueses, Pombalenses ou não, seria ótimo fazermos uma excelente angariação de fundos. A Tânia está a necessitar de muita fisioterapia e reeducação da fala, órgãos afetados pelas operações a que a Tânia se teve que submeter, como se sabe em Portugal a Segurança Social é omnipresente.

 

Como conheceu a Tânia?

A Tânia vive a uns escassos dois quilómetros da aldeia onde nasci. Por isso, mesmo que não haja propriamente uma proximidade, conhecemo-nos todos, somos vizinhos.

 

O que a motivou para ajudar a Tânia?

Primeiro a ajuda de proximidade, não quer dizer que a Tânia mereça mais que outra pessoa, mas ela está ali à minha beira, não posso ignorar. Segundo, eu estive a viver em Portugal 13 anos e necessitei de uma intervenção cirúrgica urgente, felizmente não tive que recorrer a ninguém, mas soube o que era embater no sistema de saúde português.

 

Se as pessoas querem ajudar, sem ir à ‘soirée’, como podem fazer?

Nós não passamos por nenhuma associação, por isso não foi possível abrir conta bancária para os donativos, mas falei com a minha conselheira no Banque BCP, a Irene na CGD e temos a solução. Metemos os nossos números de telefone à disposição para que as pessoas nos possam ligar. De qualquer forma haverá transparência feita através da comunicação social e redes sociais.

 

Que mensagem pode enviar aos nossos leitores?

A mensagem que poderei deixar, seria, que neste mundo existem muitas Tânias, mas neste momento o nosso dever é de tentar devolver a esta jovem a sua autonomia, para que ela que tanto lutou para conseguir a sua licenciatura em Educação e Ciências Sociais, possa continuar a sua missão. Qualquer um de nós pode vir a precisar de ajuda e não falo unicamente financeira, nesse momento gostaríamos que houvesse outros seres prontos em dar-nos a mão.

 

Jantar de solidariedade

Dia 23 de março, 20h30

Restaurante O Cumeada

34 rue Benoît Frachon

Champigny-sur-Marne

 

Irene Oliveira: 06.13.29.25.88

Fátima Coimbra: 06.10.82.67.46

Elisabeth Oliveira: 07.53.15.02.76