Portugal de Norte a Sul, pela EN2 de bicicleta – Etapa 1: Chaves-Viseu 170 km

Finalmente chegou o grande dia!

Iniciámos a nossa aventura no marco dos zero quilómetros, que simbiliza o início desta aventura e, de certa forma, nos compromete em levá-la até ao fim, como se de um contrato se tratasse. Apontámos então as nossa bicicletas em direção a Viseu, destino final da nossa primeira etapa.

Ao fim de cerca de 1,5 km, a EN2 mostrou-se intimidante, anunciando logo a cor da primeira etapa. Entre Chaves e Vila Real uma série se subidas e descidas que ultrapassámos com algum esforço, mas tranquilidade. Aproveitámos para conhecer as Fontes de Vidago e das Pedras Salgadas que se encontram respetivamente a 20 km e 30 km de Chaves.

Após descermos a estrada do Douro Vinhateiro até a Régua, onde a EN2 nos brindou com as mais belas paisagens desta aventura, parámos para um almoço ligeiro frente ao rio antes de iniciar a segunda parte da nossa viagem.

Para a segunda parte desta etapa, a EN2 já não se mostrou tão «amigável». Desde a Régua até Mezio, enfrentámos 30 km de subida constante intercalada com o que chamamos na gíria ciclista de «falsos planos». De Mezio para Castro Daire, as temperaturas desceram drasticamente e começou a chover. Faltavam apenas uns 30 km para chegar a Viseu, 30 km esses que pareciam intermináveis e que terminámos com algum sofrimento.

Em Viseu passámos na Chocolateria Delícia, um cliente do Crédito Agrícola que tive a oportunidade de conhecer quando estiveram no Salão do Chocolate de Paris. O Sr. Ilídio é um dos melhores Mestres Chocolateiros de Portugal. A Chocolateria Delícia é um destino obrigatório para quem passa por Viseu e gosta de chocolate.

Foram 170 km duros, feitos em pouco mais de 8 horas a pedalar, com uma média de 19 km/h e com subidas acumuladas num total de cerca de 2.800 metros.

Não me lembro de ter sofrido tanto em cima de uma bicicleta. As descidas não permitiam recuperar o cansaço das subidas que tínhamos acabado de fazer.

Por mais que nos preparamos psicologicamente para sofrer em cima de um bicicleta, somos rapidamente alcançados pela realidade. Infelizmente, o declive dos treinos que realizei nas estradas da região parisiense, como na Vallée de Chevreuse, no Vexin e até na Picardie, estão longe de ter a dificuldade desta primeira etapa.

Amanhã esperam-nos algumas subidas, mas esperamos que a EN2 se mostre mais dócil comigo e com o Carlos…

 

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