Têxtil e vestuário português exportou mais 21% em valor e mais 7,7% em quantidade para França

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As exportações portuguesas de têxteis e vestuário registaram em 2022 um valor recorde de 6.122 milhões de euros, mais 13,1% face a 2021 e 17,4% acima de 2019, mas recuaram em volume, segundo a associação setorial. A indústria têxtil e de vestuário portuguesa exportou mais 21% em valor e mais 7,7% em quantidade para França.

Num comunicado divulgado na semana passada, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) avança que “no ano de 2022 as exportações de têxteis e vestuário ascenderam a 6.122 milhões de euros, um resultado nunca antes alcançado, tendo este setor aumentado o valor exportado em 13% quando comparado com o ano de 2021”.

“No entanto, em quantidade, as exportações registaram uma quebra anual de quase 1%, sobretudo devido a uma forte contração (-11%) vivenciada no último trimestre do ano”, acrescenta.

De acordo com a ATP, “este diferencial entre valor e quantidade é justificado em grande medida pelo aumento generalizado dos custos de produção, em particular, devido ao aumento dos preços de energia, com especial destaque para o gás natural”.

Segundo Mário Jorge Machado, como resultado foi-se “assistindo a uma desaceleração da procura ao longo do ano, com implicações na produção e nas exportações deste setor”.

Neste contexto, para a ATP, 2022 é um ano com “um resultado histórico”, mas de “sabor amargo”.


Em termos de grandes categorias de produtos, em volume Portugal exportou menos 0,3% de matérias têxteis (menos 894 toneladas), menos 3,3% de vestuário (menos 3.118 toneladas) e menos 0,1% de têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados (menos 77 toneladas).

Ainda assim, a indústria têxtil e de vestuário portuguesa conseguiu crescer em valor e em quantidade em alguns mercados, como França, para onde exportou mais 21% em valor e mais 7,7% em quantidade, e de Itália, para onde vendeu mais 17% e mais 25%, respetivamente. Já nas vendas para Espanha, principal destino das exportações do setor, Portugal recuperou “algum do valor perdido” em 2020, tendo crescido cerca de 3% face a 2021.

“Mas ainda estamos aquém dos valores exportados em 2019. Em quantidade, em 2022, exportámos menos 4,4%”, ressalva o líder da ATP.

Quanto aos mercados que registaram maiores quebras em valor, destaque para a China (menos 8,5 milhões de euros, -13%) e Rússia (menos 5,7 milhões de euros, -69%).

No ano passado, a balança comercial do setor têxtil e vestuário português fechou com saldo positivo de 696 milhões de euros e uma taxa de cobertura de 113%.

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