Emigrantes lesados do BES já podem começar a mexer nos depósitos

Os emigrantes lesados do BES que aderiram à solução de 2015/2017 assinada pela Associação dos Emigrantes Lesados do BES (AMELP), poderão mobilizar até 50% do total do depósito que lhes tenha sido constituído para uma conta à ordem.

Esta informação “vai permitir às pessoas já poderem ter acesso aos depósitos até aqui bloqueados” explica ao LusoJornal Helena Esteves Batista, vice-Presidente da AMELP.

A AMELP tem levado a cabo várias reuniões de negociações com o Novo Banco, representada por Luís Marques e Helena Esteves Batista, com os advogados Nuno da Silva Vieira e Daniela Guimarães em representação da Vieira Advogados.

Os Emigrantes lesados que aderiram à solução de 2015/2017 devem dirigir-se ao Novo Banco, entre os dias 13 de agosto e 10 de setembro de 2018 para fazerem o pedido. “Após este período, não será mais possível efetuar a mobilização do depósito para uma conta à ordem” alerta Helena Esteves Batista ao LusoJornal. “Informamos que o valor transferido apenas ficará disponível durante o mês de setembro, o mais tardar até ao dia 28 de setembro”.

Esta é uma etapa importante porque até aqui, mesmo os Emigrantes Lesados que tinham aderido a esta solução, não podiam ainda mobilizar o dinheiro. “A mobilização inclui não só o capital, como também os juros corridos até à data de mobilização”.

Entretanto, os dirigentes da AMELP garantem que “o pedido referido não altera em nada as condições da solução assinada relativamente ao restante valor”.

Quanto aos dois produtos para os quais ainda não há solução – EGP e EuroAforro 10 – a AMELP afirma que continua a “trabalhar em conjunto com o Novo Banco e com o Governo, para que uma solução seja encontrada” diz Helena Esteves Batista.

A próxima reunião de trabalho da AMELP com o Novo Banco está agendada para 24 de setembro.