Presidenciais’21: Conselho das Comunidades teme forte abstenção e lamenta informação tardia

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Os representantes das Comunidades portuguesas temem uma forte abstenção nas presidenciais do próximo fim de semana, lamentando que devido à informação tardia ainda existam Portugueses que desconhecem quando e onde podem votar.

A quatro dias do início da votação dos cidadãos portugueses que residem fora de Portugal, que podem fazê-lo no sábado e no domingo, o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) deixa o alerta: “Não podemos acreditar que os Portugueses vão percorrer 500 quilómetros para votar, porque não vão, e ainda mais com as restrições de circulação devido à Covid-19”.

O Presidente do CCP, Flávio Martins, lamenta que a informação sobre este ato eleitoral tenha chegado “tão tarde”, o que levou a que, ainda hoje, existam muitos Portugueses sem qualquer indicação sobre as datas e os locais de voto.

Em declarações à Lusa, disse compreender os “prazos legais”, mas defendeu uma maior divulgação destas informações para os Portugueses poderem planear a sua vida e, em alguns casos, as deslocações que têm de fazer.

No estrangeiro, esta eleição terá cerca de 170 mesas de voto em 150 serviços consulares, um aumento de perto de 30% relativamente ao número de mesas de voto constituídas em 2016 (121), mas ainda assim insuficiente para o CCP.

“Houve um aumento, mas ficou aquém das necessidades. Estamos a falar de 1,5 milhões de eleitores, espalhados por todos os países”, disse, lamentando, mais uma vez, a impossibilidade do voto dos emigrantes nas presidenciais por correspondência ou online.

Uma provável elevada abstenção nestas eleições está a preocupar o movimento “Também somos portugueses”, para o qual “estão reunidas as condições para uma revisão das leis eleitorais”.

Em comunicado, este movimento referiu que, “além da habitual, mas intolerável, dificuldade em percorrer as grandes distâncias que os separam dos locais de voto, os portugueses no estrangeiro arriscam-se a quebrar regras locais e serem multados se tentarem exercer o seu direito de voto em vários países”.

O movimento recorda que, em novembro do ano passado, contactou todos os partidos políticos representados na Assembleia da República, o Governo e a Comissão Nacional de Eleições (CNE) para tentar uma alteração urgente à atual lei eleitoral, que permitisse o voto postal para estas eleições.

 

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