Lusa

Ensino: Ministro Santos Silva considera “questão da França está resolvida”

Apontando o exemplo da França, onde as autoridades anunciaram a retirada do português como prova final no BAC, tendo, entretanto, mantido, à experiência, essa possibilidade para a região de Paris e Guiana Francesa. O Ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva considerou que a “questão da França está resolvida”, defendendo que é preciso “demonstrar aos Franceses que há procura pela aprendizagem da língua portuguesa”.

“Vamos fazê-lo na Île-de-France, onde se concentra a maioria da Comunidade portuguesa, e com isso mostraremos que faz sentido considerar a língua portuguesa como o espanhol, o inglês, o alemão ou o italiano uma língua estrangeira fundamental para as aprendizagens no secundário francês e no progresso para o ensino superior”, acrescentou.

Augusto Santos Silva falava aos jornalistas do 4.º Encontro da Rede de Ensino de Português no Estrangeiro, que reuniu ontem, em Lisboa, professores, leitores e Coordenadores do ensino de português no estrangeiro.

O Ministro estimou que no próximo ano letivo o português integre o currículo escolar de 32 países como parte do esforço de expansão e consolidação da língua portuguesa. “A nossa ambição é generalizar mais essa presença. Com dois projetos-piloto que começarão no próximo ano letivo, estaremos em 32 países. Nesses países, o português será uma das línguas estrangeiras curriculares”, disse. Os dois novos projetos são a integração do português no ensino secundário na Argélia e na Turquia.

Portugal estabeleceu em setembro de 2018 como meta “a breve prazo” a integração do português como língua de opção no ensino básico e secundário de 40 países.

O ensino e promoção do português no estrangeiro assenta numa rede de cursos da responsabilidade do Governo português destinada às Comunidades portuguesas, que têm atualmente mais de 70 mil alunos, num conjunto de escolas portuguesas nos países lusófonos, e num sistema de integração do ensino do português nos currículos das escolas secundárias de vários países, além da rede de leitorados e cátedras em universidades.

 

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