Franck Araújo, lusodescendente e Diretor Geral do Accélérateur M, em Marseille

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O rés-do-chão da Cité de l’Innovation des Savoirs Aix-Marseille (CISAM) está ocupado pelo Accélérateur M, uma estrutura de apoio às empresas da área da inovação, com cerca de 300 metros quadrados, onde se estabelecem relações entre jovens empreendedores, grandes empresas, o mundo universitário e os principais atores económicos do território.

Franck Araújo, que já foi Vice-Presidente da Coordenação das Coletividades Portuguesas de França (CCPF), é o Diretor Geral desta estrutura.

 

O que é exatamente o Accélérateur M?

O Accélérateur M é uma estrutura associativa, criada em janeiro de 2019, pela Métropole Aix-Marseille-Provence, em parceria com Aix-Marseille Université, as cidades de Marseille e de Aix-en-Provence, a Région Sud Provence Alpes Côte d’Azur, a Câmara de comércio e indústria Aix Marseille Provence, os polos de competitividade Solutions Communicantes Sécurisées, Mer Méditerranée, Optitec et Capenergies, e Aix-Marseille French Tech. O objetivo é fazer com que as empresas inovadoras, do tipo start-up, possam crescer e desenvolver-se, tanto em Marseille como fora daqui.

 

De que forma de “aceleram” negócios?

Os programas de aceleração que propomos têm diversas maneiras de apoiar: fazemos coaching do empreendedor, fazemos peritagem, convidamos peritos para falarem de marketing, comunicação, finanças, e tudo o que diz respeito à vida da empresa. Depois, também temos mentores, são os empresários que partilham experiência e a rede de contactos.

 

Neste fim de semana organizaram um evento no quadro da Temporada França Portugal. Como é que tudo aconteceu?

Estávamos à procura de um parceiro em Portugal e aproveitámos a Temporada França Portugal 2022 propondo essa ideia de que, procurando um parceiro em Portugal, poderíamos fazer uma extensão ao mundo económico da Temporada Cruzada. O Institut Français aceitou e deram-nos uma lista de incubadoras e aceleradoras em Portugal. Fomos ao contacto delas e a UPTEC, criada pela Universidade do Porto, foi a primeira a responder.

 

Qual o percurso que o levou ao Accélérateur M?

Eu sou lusodescendente, nasci em França, mas sempre estive muito ligado ao meu país de origem, porque gosto da cultura e da língua portuguesa. Tentei várias vezes implantações em Portugal e dei contributos associativos. Por exemplo, trabalhei na Federação das associações portuguesas de Marseille, fui membro ativo e dirigente da Coordenação das coletividades portuguesas de França (CCPF) e claro que sendo o país dos meus pais, mas também o meu, é verdade que era mais do que um desafio, era um desejo, era mesmo um sonho, poder ter ligações profissionais com o meu país de origem.

 

Chegou a implementar-se em Portugal?

Trabalhei quase 19 anos na Câmara de comércio e indústria de Marseille, onde cheguei a trabalhar com Portugal via projetos europeus. Ainda tentei implementar uma empresa no nordeste de Portugal, em Trás-os-Montes, com o meu irmão, mas não resultou. Antes tinha estagiado na Embaixada de França em Portugal, em Lisboa, durante um ano. Acontece que acabei os meus estudos em Portugal no ESEG, durante um Erasmus em 1993. Na altura era para ficar em Portugal, mas afinal voltei para França.

 

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