Tribunal de comércio de Nanterre cessa atividades da Eurolines

A empresa de referência de transporte de passageiros Eurolines, que assegurou durante muitos anos o transporte de Portugueses entre a França e Portugal, entrou ontem em insolvência e cessa as suas atividades a partir de 24 de julho, numa decisão do Tribunal de comércio de Nanterre.

Operador histórico do transporte de autocarros, criada em 1985 a Eurolines transportou milhões de passageiros por ano para cerca de mil destinos diferentes na Europa, e até em Marrocos. Durante estes 30 anos assegurava a ligação entre Portugal e a França.

Com a entrada em vigor da Lei Macron, em 2015, que liberalizou o mercado das linhas de autocarro de longo curso, as empresas deste setor têm sofrido muitas mudanças.

Já antes, a Eurolines, tinha comprado a Iberolines, um operador especialista no mercado português e espanhol. Depois foi a Transdev que comprou a Eurolines e mais tarde vendeu-a ao grupo alemão Flixbus.

Em junho deste ano, apenas um ano depois de ter comprado a empresa, foi a própria Flixbus que pediu a insolvência da empresa.

Os 36 assalariados ainda ativos da Eurolines (uns 50 tinham já sido dispensados) acusam a Flixbus de apenas ter recuperado o mercado, suprimindo a concorrência e agora aproveita-se da crise ligada à pandemia de Covid-19 para se desfazer dos salariados e acabar completamente com a empresa.

 

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