Opinião: Acabemos finalmente com as situações ridículas no Círculo da Europa

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Muito se tem dito e escrito sobre a postura dos emigrantes perante os atos eleitorais.

Os Partidos políticos têm dado opiniões e tomado posições, direitos foram obtidos, modificações na maneira de operar também se foram verificando, a inscrição automática nos cadernos eleitorais veio abrir “a portas das urnas” a muitos cidadãos. A bem da Democracia, o número de eleitores no círculo da Europa aumentou exponencialmente.

Sem o triste episódio do último escrutínio, teríamos hoje dado um grande passo no caminho do sonhado objetivo, que é o de passarmos a ser uma Comunidade de cidadãos a cem por cento, como todos os outros.

É sabido que para que tal sonho se torne realidade será necessário rever de vez o modo de votar nas Comunidades (já agora sem se esquecer que estamos no século XXI e que Portugal até já fornece tecnologia para a NASA…), atribuindo ao assunto uma prioridade que o ponha ao abrigo de alguma crise ou pandemia que apareça por aí.

Seria um ponto muito positivo mas não suficiente!

Há que ter em mente outro facto importante: Dois Deputados (mesmo sendo oriundos da Comunidade) para a Europa não chegam, nem nada que se pareça, a menos que se conceba que os Deputados só servem para assistir a jantares, participar em eventos mais ou menos relevantes ou mais ou menos oficiais, para além dos grupos de trabalho em que participam no seio da Assembleia da República ou em seu nome.

Não vejam aqui qualquer crítica aos atuais ou passados Deputados que tenham exercido na Europa (isso seria assunto para outra conversa…) sabemos que fazem o que podem, com os meios que têm.

Devemos relembrar porém que em superfície, o Círculo da Europa, por exemplo, é bem maior que qualquer Círculo em Portugal, em número de eleitores bem maior que muitos… mas em número de Deputados é o que se sabe.

Posto isto, devemos ter em conta que tudo o que se pede só merece de ser acordado se do lado dos eleitores também houver o menor dos esforços: agir com responsabilidade.

Digo isto porque depois de termos, com razão, deitado as culpas para quem tentou “remendar” a Lei com uma reunião entre partidos – mesmo se com um espírito positivo de evitar complicações – por a lei ainda não ter sido alterada e para aqueles provocaram a sua repetição depois de outros terem voltado com a palavra atrás sobre o que tinha sido acordado, não devemos esquecer quem foram os principais culpados!

Culpados e bastante, os eleitores que não seguiram as claras instruções que figuravam nos envelopes que receberam.

Culpados de uma enorme despesa escusada que acabará por se refletir nos impostos de todos.

Culpados do atraso na tomada de posse do Governo e de todos os inconvenientes que daí advêm.

E para ser breve, culpados de darem uma imagem das Comunidades que é perfeitamente o contrário daquela que realmente deve merecer a consideração de todos.

Só há uma maneira de limpar esta nuvem: participar fortemente nesta repetição, mas de maneira adulta, com a seriedade que tal ato evoca, lendo as instruções que figuram no correio que recebem… e juntando a cópia do Cartão de Cidadão.

 

Aurélio Pinto

Ex-Secretário Coordenador da Secção do PS português em Paris

 

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