Opinião: Eleição para o Presidente da República 2021

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As eleições presidenciais estão à porta e os Portugueses residentes em França vão poder votar nos Consulados da área da sua residência. Com o recenseamento automático mais de 1 milhão e meio de Portugueses residentes no estrangeiro vão poder votar!

Se não sabe se está inscrito e em que Consulado deve votar, basta verificar no site do Ministério da Administração Interna com o seu número de Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão e a sua data de nascimento. É fácil e rápido.

https://www.recenseamento.mai.gov.pt/

Não deixe passar e exerça o seu direito de voto!

No Consulado-Geral de Paris, 5 mesas acolherão os votantes da área de Paris e dos inscritos nos cadernos dos antigos Consulados do Havre, de Lille, de Nogent-sur-Marne, Reims, Rouen e Versailles.

Como o voto para as Presidenciais é presencial contrariamente ao voto para as Legislativas que é por correspondência, os Portugueses destas áreas distantes têm que se deslocar a Paris porque a razão avançada é que não é possível «dividir» os cadernos eleitorais. A solução seria a desmaterialização dos cadernos. Não se compreende que ainda não tenha sido feita desde as últimas eleições!

Outras soluções existem como o voto eletrónico, mas isso para alguns é um bicho de sete cabeças porque assim lhes convém!

Isto só mostra um certo «desprezo» ou desinteresse pelo voto dos Portugueses no estrangeiro, porque dizem que é um voto negligente. Isto é inaceitável por parte das entidades governamentais que sejam de Direita ou de Esquerda.

Com o recenseamentos automático, 1 milhão e meio de votantes no estrangeiro, a Comunidade portuguesa representa uma força importante que nós devemos exercer. Por isso devemo-nos mobilizar e ir votar para mostrar o peso eleitoral apesar dos obstáculos.

Compreende-se que isto possa desencorajar muitos, mas se queremos que as coisas mudem, só nós é que o podemos fazer. Assim aconteceu com o recenseamento automático e a luta só ainda agora começou. Muitas e outras reivindicações podem ser feitas, como o aumento do número de Deputados na Assembleia, mas só votando é que se pode mudar as coisas.

 

PS/Paris apoia Ana Gomes

A Secção do PS de Paris-Île-de-France apoia a militante e camarada socialista Ana Gomes. O Partido Socialista deixa a liberdade de voto aos seus militantes, mas a Secção considera que por uma questão de camaradagem e não só, porque é uma candidata que tem um percurso laudável como Embaixadora, que contribuiu para a Independência de Timor Leste, merece o nosso apoio.

Alguns acham que ela é muito crítica com alguns membros ligados ao Partido Socialista, mas se nós queremos ser exigentes com os outros, temos que ser exigentes com nós próprios.

Mas sobretudo e acima de tudo o que nos motiva é a barragem ao candidato populista André Ventura. Um populista perigoso da estirpe de um Trump, de um Bolsonaro ou de um Erdogan, que a primeira medida que anuncia é mudar a Constituição para se manter no poder pela força e ser o Presidente só de alguns! Um país que viveu 48 anos sob a ditadura deve combater estes indivíduos nostálgicos do tempo da outra senhora.

Um candidato que teve o despudor de se mostrar ao lado de uma Marine Le Pen num país de emigração com um terço de Portugueses (5 milhões) no estrangeiro, é uma provocação inadmissível.

Portugal, contrariamente ao que alguns pretendem, continua a ser um país massivamente de emigração e não de imigração. Em Portugal, os estrangeiros são uma pequena minoria e não são os responsáveis por tudo o que vai mal. Só os politiqueiros incompetentes sem medidas para resolver os problemas é que tentam encontrar bodes expiatórios. Mas o cúmulo é quando emigrantes portugueses apoiam este candidato esquecendo como foram ou são tratados no país onde vivem. Deus nos livre da perca de memória e da perca de autoestima!

Portanto, por todas estas razões e muitas outras mais, não se esqueçam de ir votar.

 

António Oliveira

Secretário-Coordenador da Secção do PS de Paris-Île-de-France

Delegado do Partido Socialista para as eleições no Consulado-Geral de Paris

 

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